passas por mim sempre à mesma pressa um sem fim de cheio um vazio infinito desde o instante que nasces sem tempo que realizes que a cada momento novo já és um tempo morto
Pedro
esteja o tempo bom mesmo tempo a gosto como é tal o tempo se não se lhe sabe o gosto
Pedro
o que faz um tempo cansado quando descansa fica parado?
Pedro
o tempo que escorre entre os dedos não é tempo é o que vejo que não acontece por entre o tempo
Pedro
o que é que o tempo novo tem para me dar se o que me dá é o que me tira por passar
Pedro
por que é que o tempo passa se não saio do mesmo lugar
Pedro
2012-06-22
a realidade vem devagar como quem não quer a coisa e faz-se por entre o que há e o que não há sempre muito devagar tão cheio de lentidão que não se dá por ela e um dia acorda-se como se foi um rijo corpo de tudo que é nada e nesse momento a consciência será outra que a realidade talvez valha a pena quando percebemos que existe para a vida mas isso é outra história para a qual é preciso estar vivo
Pedro
2012-06-21
entre luz e sombra entre que luz a sombra
Pedro
2012-06-17
há um tempo que me custa o tempo de silêncio pausa paragem interregno há um tempo em que o tempo deixa de me ser
Pedro
2012-06-16
encaracolado o fio fino do encontro o próximo gesto um só momento de entre só o beijo gesto toque terno
Pedro
2012-06-15
os cemitérios na Escócia os que eu vi têm vistas lindas de morrer e quem lá mora espraia a vista em paisagens de sonho beleza eterna
os mortos na Escócia vivem felizes a espaços o encanto
Pedro
2012-06-14
estás sentada dança-te o cabelo que é da trança menina o teu cabelo
Pedro
2012-06-13
a voz a vós que disto sabeis
sabeis vós a voz a que isto sabeis
Pedro
2012-06-12
desnudo-te lento o tempo em que te tenho desejo teso longo o beijo ao seio o bico rijo também o membro chupado sexo encavado vaivem de amor vaivem e tanto encontro de pele toque e afago mimo suave o corpo tocado sussurro o canto os lábios beijados em ti que faço em ti me faço que nos e nus amor nos damos
Pedro
2012-06-11
do compilar as cartas de amor em tempo mor serão cartas, amor para lá do tempo cartas de amar
Pedro
2012-06-10
beijo-te o teu corpo a minha sede
Pedro
2012-06-09
a solidão, amor não é só a solidão, amor é estar sem ti
Pedro
2012-06-08
a bom porto retorno que no teu regaço me acosto e em ti descanso
Pedro
2012-06-07
ensurdeço neste silêncio
Pedro
2012-06-06
espero-te cheio de vazio do tempo sem tigo
Pedro
2012-06-05
o tempo sem ti é outro tempo um tempo demasiado lento
Pedro
2012-06-04
a casa sem ti é um desassossego de tanto tanto o sossego
Pedro
2012-06-03
o alimento alimenta e eu alimento-me do alimento que alimenta e eu alimento