2010-02-24

esmero


fui e voltei
e levei
uma dose de esmero

com um sorriso nos lábios
e mãos em pressão
tanta
a fazer sofrer
para lá da compreensão

- estou a esmerar-me, não é?
- sim - respondi, entre sofrido e riso

ah, que bom
que não há como ir e voltar
a fisioterapia na epicondilite a latejar
uma massagem profunda transversal
e aprender
o gozo de uma tendinite

Pedro

4 comments:

margarida said...

(... mas isso não te passa? :)...)

ao menos a poesia não tem dores
assim.


outras

Pedro said...

(suspiro)
vai passando deeevaaagaaaar
hoje foi dose
daquelas de sair de lá torto de tanta dor

pois

Blondewithaphd said...

Bolas, que isso deve doer (muuuuito!)

lusibero said...

A poesia ressente-se ,por vezes, das dores físicas... O pior é que essas dores nos roubam os estímulos interiores, luminosos...
BEIJO DE
LUSIBERO