por onde o dia que era, hoje é
Será mesmo?
paixão, involuntáriaamor, empenhoa confusão é fatal:-)uma leitura interessante:"o caminho menos percorrido"uma leitura obrigatória:vidadepois tudo parece mais claro
BALADA PARA UM FUTURO PÓSTUMO Como consegues ser tão cruelE fabricar imenso felQuando tudo o que vês em voltaSão os espelhos da revoltaJulgas-te o dono supremoDas muralhas do teu sistemaMas esqueces-te que não tremoQuando consulto o dilemaQuando sentes o mal do pusVês como se fosse uma luzMas não reparas que é a dorQue se espalha ao corpo amorJá perdeste o senso comumE tudo o que cheira a atumÉ a flor que infecta o treinoQuando se torna podre o reinoPegas nas minas do teu porteE enches os bolsos da morteComo se não houvesse vidaPara além da causa vencidaRumas à noite do cansaçoCom o peito a arder de inchaçoPorque respiras sem julgarQue a voz do tempo vai mudarJá não sentes quem te sentirNem vês o olhar do porvirPorque o cenário da maréJá não será o que inda éÉ só o sussurro do póQue já não terá qualquer dóQuando soprar à naturezaO que restar à tua nobrezaSerás a boca do granitoE a morte do teu conflitoCom um tempo que não conhecesE as bocas da fome que tecesOs sonhos que nunca tivesteSão mágoas que nunca vivestePorque nunca soubeste serO que a vida quer viver.Oeiras, 05/08/2009 - Jorge Brasil Mesquita www.comboiodotempo.blogspot.com
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3 comments:
Será mesmo?
paixão, involuntária
amor, empenho
a confusão é fatal
:-)
uma leitura interessante:
"o caminho menos percorrido"
uma leitura obrigatória:
vida
depois tudo parece mais claro
BALADA PARA UM FUTURO PÓSTUMO
Como consegues ser tão cruel
E fabricar imenso fel
Quando tudo o que vês em volta
São os espelhos da revolta
Julgas-te o dono supremo
Das muralhas do teu sistema
Mas esqueces-te que não tremo
Quando consulto o dilema
Quando sentes o mal do pus
Vês como se fosse uma luz
Mas não reparas que é a dor
Que se espalha ao corpo amor
Já perdeste o senso comum
E tudo o que cheira a atum
É a flor que infecta o treino
Quando se torna podre o reino
Pegas nas minas do teu porte
E enches os bolsos da morte
Como se não houvesse vida
Para além da causa vencida
Rumas à noite do cansaço
Com o peito a arder de inchaço
Porque respiras sem julgar
Que a voz do tempo vai mudar
Já não sentes quem te sentir
Nem vês o olhar do porvir
Porque o cenário da maré
Já não será o que inda é
É só o sussurro do pó
Que já não terá qualquer dó
Quando soprar à natureza
O que restar à tua nobreza
Serás a boca do granito
E a morte do teu conflito
Com um tempo que não conheces
E as bocas da fome que teces
Os sonhos que nunca tiveste
São mágoas que nunca viveste
Porque nunca soubeste ser
O que a vida quer viver.
Oeiras, 05/08/2009 - Jorge Brasil Mesquita
www.comboiodotempo.blogspot.com
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