um olhar regresso
regredido
como a ver o triste menino
no caminho à beira-mar
olhar do mar azul ao fundo
vindo do mar o azul profundo
caminhei em direcção a minha mãe
pelo caminho ao lado
apressado passo estugado
livre no tempo o regresso a passo
minha mãe que me pariu
labor de dor inundado
mundo luz espaço cortado
em que laço me fiz liberto
às águas me fiz não refeito
às águas o lanço sem efeito
o mar azul é povoado
de um só soluço afogado
areias marés correntes remos
marinheiro de mim navegado
chego-me o mundo atravessado a ti
anjo luminoso só infinitamente belo
Pedro
2 comments:
e deixo aqui o comentário que vale para tudo o que aqui li hoje (e já não vinha há uns dias): estás cada vez melhor, cada vez melhor, melhor, melhor.
Prazer imenso de te ler. Obrigada. :-)
Gosto especialmente da última estrofe. Fabulosa de boa!
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